01/09/2014

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Dançarinas do Domingão do Faustão posam em academia

Dançarinas do Domingão do Faustão posam em academia












Disciplina e determinação combinadas com força e gracejo. A vida de bailarina não é nada fácil. Tanto que a expressão virou bordão popular e é usado por muitos que nunca usaram uma sapatilha de ponta. Mas Aline Riscado, Ana Flávia Simões e Raquel Guarini, que fazem parte do elenco do “Domingão do Faustão” e são formadas em balé clássico, sabem bem o que significa isso. No Dia da Bailarina, comemorado nesta segunda-feira, 1º, o trio falou sobre a rotina puxada de uma profissional da dança. “As palavras mais certas para descrever a rotina de uma bailarina é disciplina e persistência. Não é à toa que só quem quer muito e tem talento consegue se tornar profissional”, afirma Aline.
Dançarinas do Domingão do Faustão posam em academia
A dançarina brinca ao comparar a atividade a um treinamento militar. “Você tem de estar sempre impecável, sem um fio de cabelo fora do lugar. Não pode contestar a decisão do coreógrafo e ainda tem de treinar, no mínimo, oito horas por dia. Você não pode dizer que não consegue, tem de fazer até conseguir o movimento. E quando erra, é esculachada na frente de todos”, lembra ela, que se formou aos 15 anos.

Corpo e elasticidade
Dançarinas do Domingão do Faustão posam em academia

Outra exigência das bailarinas é que elas tenham o dito “corpo longilíneo”, ou seja, magro e alongado. “Corpo de bailarina tem de ser que nem de modelo ou até pior. Porque além de ser magrela, tem de ter muita força para aguentar fazer os saltos e piruetas”, explica Aline.
Raquel diz que é importante evitar frituras e gorduras: “A alimentação também tem de ser muito regrada. Não dá para comer hambúrguer e ir dançar. Mas ao mesmo tempo em que você tem de comer pouco, para ser magra, tem de ser algo que a ajude a aguentar os treinos fortes”.

Em um universo que tem muitos distúrbios alimentares, Flávia afirma que nunca sofreu algo do tipo. “Eu era muito exigente comigo. Quando achava que estava com algumas gramas a mais, já fechava a boca. Mas tem meninas que entram nesta paranoia. Aprendi desde criança que bailarina tem de ser saudável”, reforça. Toda essa preocupação com o corpo é para as bailarinas terem mais leveza para os saltos e flexibilidade. “É importante começar cedo, porque o corpo tem mais facilidade para se adaptar às exigências da dança”, completa Raquel, que começou a fazer aulas quando tinha 2 anos e meio e ainda usava fraldas.

Aline é uma especialista no assunto e toda sua elasticidade se deve a uma professora, que a fez sofrer. “Minha coreógrafa me fazia chorar durante o alongamento. Eu não acho certo fazer isso, mas, graças à ela, consigo fazer o que faço”, diverte-se ela, que acha que o corpo dela criou memória: “Graças ao balé clássico, posso parar de malhar que mantenho os meus músculos. Foi ele que moldou o meu corpo”.

Adolescência X bailarina clássica
Dançarinas do Domingão do Faustão posam em academia

As dançarinas afirmam que a fase mais complicada é na adolescência. É neste momento que você tem certeza se quer seguir a carreira de bailarina clássica ou atuar como professora ou dançarina, como as três seguiram. “Eu me formei aos 16 anos, mas senti necessidade de fazer algo mais solto, como o jazz ou o balé contemporâneo. Tem de ter uma disciplina para sempre para ser bailarina clássica de uma companhia”, diz Ana Flávia.

Raquel conta que para ela não foi fácil, mas ela só resolveu seguir outro caminho aos 24 anos. “Eu vivia o balé. Minhas melhores amigas eram de lá. Só queria dançar. Vim para o Rio para tentar ser do balé do Faustão, que sempre foi um sonho, e aí deixei de lado o clássico”, diz ela, que trabalhou como professora de dança durante anos e atualmente está na “Dança dos famosos” como mentora do ator Marcelo Mello Jr.

Aline conta que uma frase de um professor a fez largar o clássico: “Ele me falou um dia: ‘Ou você é mulher ou é uma bailarina’. E é verdade. Você tem de abdicar de muita coisa na vida para seguir a carreira. Não tive força suficiente, mas o balé é a base de todas as outras danças. Foi ele quem me ajudou a ser quem eu sou hoje e a ter a disciplina que levo para meu trabalho”.
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